O programa Universidade Gratuita é um dos pilares mais celebrados do governo de Jorginho Mello (PL), mas em 2025 ele começa a enfrentar desgaste público diante do número crescente de estudantes catarinenses que não conseguem ar as bolsas prometidas.
O que foi apresentado como uma das principais vitrines da gestão estadual, base inclusive da campanha eleitoral do atual governador, hoje é alvo de críticas por não conseguir atender à demanda real da juventude aqui do Estado.
Apesar de sua proposta ambiciosa, o programa vem sendo marcado por um número expressivo de recusas ou ausência de chamadas para estudantes que se inscrevem, alimentando a frustração de quem via na iniciativa a oportunidade concreta de o ao ensino superior.
A insatisfação se soma a um cenário já fragilizado na área da educação, que acumula críticas pela falta de estrutura adequada nas escolas estaduais, com ausência de ar-condicionado, problemas de manutenção e infraestrutura, mesmo após dois anos de gestão.
A pressão foi tamanha que o governo se viu obrigado a mudar a chefia da Secretaria de Estado da Educação. Agora, o foco da insatisfação volta-se também para o modelo da Universidade Gratuita, cujos recursos são considerados insuficientes para garantir a universalização das bolsas, frustrando expectativas de milhares de estudantes.
Diante desse cenário, surge o debate se realmente seria necessária uma reavaliação do programa com maior aporte de recursos para garantir sua efetividade? Ou estaria na hora de o governo rever sua aposta e redirecionar os esforços para uma demanda reprimida no Estado, o ensino médio técnico, que além de carente de investimentos, representa uma necessidade estratégica para o setor produtivo catarinense?
O que antes era símbolo de avanço agora é motivo de questionamento, exigindo respostas claras e uma reorientação de prioridades por parte do governo do Estado.
JOÃO RODRIGUES CRITICA NOMEAÇÃO DE CERETTA
Desse a semana ada o prefeito João Rodrigues (PSD) está no sul de Santa Catarina para conversar com lideranças do seu partido, para visitar políticos da região e também para peregrinar pelos veículos de comunicação para convidar para o encontro do PSD, que vai acontecer em Criciúma no próximo dia 5 de junho.
Numa dessas entrevistas, João Rodrigues disse ser um erro o governador Jorginho Mello (PL) chamar a reitora da Unesc e presidente da Acafe, Luciane Ceretta, para ser a secretária de Educação do Estado.
Para ele, “uma reitora vai, naturalmente, privilegiar as universidades, mas o que precisamos é de atenção ao ensino médio, que precisa ser técnico e ensinar uma profissão aos alunos”.
O prefeito de Chapecó não poupou também o programa Universidade Gratuita, que o Governo do Estado coloca como uma das suas principais ações na área de educação. “O dinheiro público deve ir para o estudante pobre e não para pagar a conta da universidade. O foco precisa estar no aluno, e não na instituição”.