Santa Catarina encerra 2024 com resultados econômicos expressivos, consolidando sua posição de destaque no cenário nacional. O estado alcançou uma das menores taxas de desemprego do país, de 2,8%, e registrou a criação de mais de 140 mil vagas formais entre janeiro e outubro, um aumento de 48% em relação ao mesmo período de 2023. Esses números são reflexo da força dos setores de serviços e indústria, que cresceram o dobro da média nacional, destacando-se como pilares do desenvolvimento econômico catarinense.
A Força do setor industrial e serviços
O setor industrial foi um dos grandes motores da economia em 2024. Segundo a FIESC, a produção industrial acumulou alta de 6,8%, com segmentos como materiais elétricos (+15,9%) e metalurgia (+11%) liderando o crescimento. Além disso, foram criados 59,5 mil novos empregos formais, com destaque para a construção civil (+13,7 mil), têxtil e confecção (+9,3 mil), e máquinas e equipamentos (+4,3 mil).
O setor de serviços também apresentou um desempenho sólido, impulsionado por um mercado aquecido e por políticas de incentivo ao empreendedorismo. Conforme a Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc), foram registradas mais de 240 mil novas empresas em 2024, sendo 175 mil MEIs. Essa expansão é reflexo da confiança empresarial e do e do governo estadual, que ofereceu programas como o Pronampe SC e o Juro Zero, que juntos concederam mais de R$ 421 milhões em crédito, garantindo milhares de empregos e fortalecendo pequenos negócios.
Inovação como diferencial estratégico
Santa Catarina se destacou como um dos principais polos de inovação do Brasil, alcançando a vice-liderança no Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID). O lançamento do programa SC Mais Inovação marcou o fortalecimento do ecossistema tecnológico, com a meta de gerar 30 mil novos empregos até 2026 e ampliar a participação do setor no PIB de 7,5% para 10%.
A criação de novos Centros de Inovação, como o CRIO em Criciúma e o Sigma Tech Park em Tubarão, reforçou a infraestrutura regional e promoveu a integração entre empresas, universidades e startups. Com uma receita de R$ 36 bilhões gerada por 27 mil empresas de tecnologia, o setor reafirmou sua importância para a economia catarinense.
O olhar dos empresários para 2025
Embora os indicadores econômicos sejam positivos durante todo o ano de 2024, o olhar dos empresários catarinenses segue cauteloso e bastante desconfiado em relação às perspectivas econômicas. Em recente entrevista coletiva, Maria Cezar de Aguiar, presidente da FIESC, chamou atenção para desafios que podem impactar a sustentabilidade desse crescimento em 2025, como a inflação elevada e a política monetária restritiva, que mantém a taxa Selic em patamares elevados. Além disso, o alto custo Brasil e a falta de mão de obra qualificada foram destacados como entraves estruturais ao desenvolvimento. Ainda assim, os índices de confiança e intenção de investir, que superaram a média nacional em 2024, indicam que os empresários catarinenses mantêm expectativas positivas para o próximo ano. Para enfrentar os desafios e consolidar os avanços, será essencial focar em políticas públicas que melhorem a infraestrutura, ampliem a qualificação da força de trabalho e reduzam os custos de produção.
Apoio e sustentabilidade
O governo estadual avançou em políticas voltadas para a sustentabilidade e a eficiência energética. O programa Energia Boa e a Política Estadual de Apoio às Cooperativas de Energia Elétrica (Peacesc) destinaram mais de R$ 572 milhões em investimentos para melhorar a infraestrutura energética e promover o uso de fontes renováveis. Além disso, ações em economia solidária movimentaram R$ 1,2 milhão, apoiando iniciativas locais e gerando empregos e renda nas comunidades.
Conquistas e desafios
Embora os indicadores econômicos de 2024 sejam positivos, o olhar dos empresários catarinenses permanece cauteloso e desconfiado em relação às perspectivas para 2025. Em uma recente entrevista coletiva, Mario Cezar de Aguiar, presidente da FIESC, destacou desafios que podem comprometer a sustentabilidade desse crescimento, como a inflação elevada e a política monetária restritiva, que mantém a taxa Selic em níveis elevados.
Além disso, o alto custo Brasil e a falta de mão de obra qualificada foram apontados como entraves estruturais ao desenvolvimento econômico. Ainda assim, os índices de confiança e intenção de investir, que superaram a média nacional em 2024, demonstram que os empresários catarinenses mantêm expectativas moderadamente otimistas para o próximo ano. Para consolidar os avanços e superar os desafios, será crucial implementar políticas públicas que melhorem a infraestrutura, promovam a qualificação da força de trabalho e reduzam os custos de produção.
O balanço de 2024 reflete a resiliência e o dinamismo do setor produtivo catarinense. Com um mercado de trabalho aquecido, avanços na indústria e serviços, e uma crescente presença no setor de inovação, Santa Catarina segue como um modelo de desenvolvimento no Brasil. No entanto, para consolidar esses resultados, será fundamental enfrentar os desafios com políticas públicas eficazes e ações coordenadas que garantam um crescimento econômico sustentável e inclusivo.
