As collabs, parcerias pontuais entre marcas para o lançamento de determinado produto, estão na moda – inclusive na indústria de bebidas. A coluna já mostrou uniões como da Coca-Cola com Jack Daniels, da cervejaria Dogma com uma chocolateria paulista e da fabricante de copos Stanley com Tanqueray…
O produto da vez reúne a Coca-Cola só que, desta vez, em parceria com a Bacardi. A latinha da foto (sim, o produto é pronto para consumo) chega aos mercados do México e Europa no início de 2025 e, aos poucos, deve conquistar países como Brasil e Estados Unidos. A collab tem chamado atenção mas existe, de fato, desde 1900 quando as bebidas foram misturadas pela primeira vez no American Bar, em Havana. O Cuba Libre, resultado desta combinação, é um dos coquetéis mais populares do mundo.

A Coca parece ter largado na frente mas a concorrência também tem se movimentado na busca de parcerias. A Pepsi se uniu à famosa marca Captain Morgan para produzir um rival à altura. O drink pronto para consumo (foto) foi lançado na Grã-Bretanha e vai, gradativamente, chegar a outros mercados.
O premix combina a versão Original Spiced Gold do rum, com a Pepsi Max (sem açúcar). A latinha tem 5% de teor alcoólico (a média do segmento) e chega inicialmente ao mercado com preço sugerido de US$ 3,50.
Parcerias como estas se explicam. Uma pesquisa da Diageo descobriu que 81% dos consumidores estão mais propensos a comprar um drink pronto para consumo, quando o produto em collab é lançado por marcas já conhecidas.
Outros exemplos

Por falar em collab, algumas parcerias são relativamente convencionais. Como a edição limitada de Jack Daniel´s com a escuderia McLaren (foto). A bebida tem como base o tradicional Bourbon Nº7, com 40% de teor alcoólico e a clássica proporção de grãos do Tennessee Whisky: 80% de milho, 8% de centeio e 12% de cevada maltada.

Outras parcerias são mais disruptivas e glamourosas. Como a que reúne Veuve Clicquot e a Smeg, que produz eletrodomésticos. Da união surgiu um refrigerador de grife com capacidade de 105 e 244 litros. O produto tem uma estética anos 50 e cores que remetem à tradicional Maison sa.
A colaboração também inclui um produto exclusivo chamado “The Clicquot refrigerator”. A caixa de presente é feita de metal reciclado e pode manter a garrafa gelada por até duas horas.

Mas há também as collabs “inusitadas”. Só assim pra definir ideias como a que reúne Heineken e o estilista Dominic Ciambrone. Dono de um estúdio chamado Shoe Surgeon, em Los Angeles, ele é responsável por criar (ou adaptar) calçados para astros do cinema, atletas da NBA e milionários norte-americanos. No caso em questão, Ciambrone criou um tênis que tem cerveja na sola do calçado (foto). Foram produzidos somente 32 pares que tentam proporcionar um caminhar “tão leve” quanto a Silver. O argumento de leveza se justifica: a cerveja tem menos álcool, amargor e calorias que uma Heineken tradicional.
God Save the King

Mudando de assunto, a World Whiskies Awards premiou como o melhor whisky Single Malt do mundo, um exemplar inglês. O Sherry Cask Matured, da The English Distillery (foto), superou dezenas de exemplares escoceses e japoneses.
O whisky foi escolhido em degustações às cegas, em testes que reuniram 200 especialistas. Esta é a segunda vez em três anos que um whisky inglês é escolhido para o principal reconhecimento desta premiação.
O material de divulgação ativa a imaginação (e as glândulas salivares) de qualquer apreciador de um bom whisky. Diz a nota técnica que o destilado tem “notas de amêndoas, tâmaras e chocolate amargo, com final que lembra mel e gengibre”.
A coluna pesquisou e viu que – embora premiado e super prestigiado – o whisky tem um preço bem razoável se comparado a concorrentes que chegam ao mercado nacional. São 59 Libras, algo em torno de R$ 430.
From South Africa

Pra finalizar, uma informação relevante para quem gosta de uma bebida com baixo teor alcoólico e muita refrescância. A Ambev está trazendo ao Brasil o Brutal Fruit. Produzido originalmente na África do Sul, é o 1° spritzer a integrar o portfólio da multinacional.
Spritz é um termo germânico que significa spray. E se refere à adição de alguma bebida gasosa ao vinho, seja água, tônica ou até mesmo sodas. A receita em questão mistura suco de maçã, infusionado com frutas vermelhas e flores, vinho branco e água gaseificada. São 5% de álcool – menos da metade de um espumante.
Pra encerrar

Maior e mais importante ranking do planeta divulgou esta semana a relação dos bares que ficaram entre 51º ao 100º lugar na competição. É uma espécie de “lista de o” que ajuda criar clima para o 50 Best Bar.
Evento de premiação vai ser no dia 22 de outubro em Barcelona (foto).
O evento vai servir também para reconhecer os melhores talentos da mixologia e coquetelaria. Uma indiana, uma australiana e uma canadense disputam a honraria.