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O GIM NOSSO DE CADA DIA

O GIM NOSSO DE CADA DIA
Pexels/Divulgação

Os dados da Euromonitor (consultoria internacional que avalia dados de mercado e tendências de consumo) mostra que o gim é o novo queridinho dos bares brasileiros. O consumo da bebida vem crescendo significativamente desde 2016 e chegou a 1,8 milhão de litros no país só no ano ado. Pelos cálculos dos analistas é 111% a mais que o ano anterior – e a tendência é o consumo continuar crescendo até 2022.

A bebida parece ter caído no gosto do consumidor pela sua versatilidade. Além da tradicional água tônica, pode ser misturada com outros refrigerantes, sucos, frutas, caldas, especiarias e temperos. Só o Seu Gin Tonic Bar (abaixo) tem 32 coquetéis que usam o destilado.

Marcas importadas como Tanqueray, Beefeater, Bombay Sapphire, Bulldog e Hendrick’s fizeram a festa nos últimos anos. Mas se depender dos produtores nacionais, esse reinado pode durar pouco. Pelo menos quarenta empresas estão fabricando excelentes gins nacionais como o Jungle Gin, Torquay, Amázzoni, Vitória Régia, Backer o gaúcho Weber Haus e o catarinense Kalvelage.

O bacana é que cada empresa pode fazer um gim personalizado, conforme a criatividade do destilador. Isso porque a bebida é neutra e a a ter determinado sabor ou aroma, conforme a combinação (e quantidade) dos botânicos utilizados na receita. A lista dos ingredientes possíveis a de cem, mas os mais usados são zimbro, coentro, cascas de limão, canela, cardamomo, gengibre e alcaçuz. 

A propósito, a bebida foi criada na Holanda no século XVII, mas se popularizou mesmo na Inglaterra. E a grafia correta da palavra, varia de país para país. Em Portugal GIM e GIN são sinônimos. Mas, na dúvida, é melhor usar a segunda opção. Na Inglaterra, Estados Unidos e França, também se usa o termo GIN. No Brasil o Aurelio e Houaiss recomendam o uso de GIM.

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BEM ESTRANHOS


Kristof Murrannes/Divulgação

O gim, como comentei acima, é um destilado caracterizado pela infusão de ingredientes botânicos (sementes, cascas, folhas). Mas em se tratando de criatividade dos destiladores, o céu é o limite. Alguns exemplos dessa ousadia:

No País de Gales um ingrediente do Seaweed é um tipo de algas marinhas que chega até a costa. A adição dessa planta deixa a bebida com um toque esverdeado e um sabor levemente salgado. Já o Nordic Food Lab e a Cambridge Distillery se uniram para produzir o Anty Gin, uma bebida que usa formigas vermelhas como matéria-prima. E um chef belga criou uma receita com lagosta. O Lobstar é resultado da destilação do álcool onde a lagosta ficou em conserva por dois dias, misturado a um gim tradicional.

Se as bebidas são boas não sei dizer. Mas que as ideias chamam a atenção, não dá pra negar.
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POR AQUI


Jefferson Douglas da Silva/Acervo Pessoal

A coluna conheceu na semana ada o primeiro bar especializado em gim de Santa Catarina. Instalado na Praia Brava, em Itajaí, o Seu Gin Tonic Bar fica a uma quadra do mar. Tem um bar bem montado, muitas opções de finger food e mais de trinta coquetéis no cardápio – com preços de R$ 22 a R$ 50.

Provei três e o que mais gostei foi o drink batizado com o nome do bar. Ele leva gim, tônica, gengibre, mel e suco de limão siciliano.

O “Seu Gin” fica aberto diariamente. Nos dias de semana a partir das 18h, mas aos sábados e domingos abre já a partir do meio-dia.
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SEM ÁLCOOL


Ceders/Divulgação

Um gim tradicional tem entre 37 e 50% de teor alcoólico. Mas então, como servir essa bebida para quem não gosta ou não pode consumir álcool? Aqui no Brasil infelizmente não há muitas opções, mas na Europa as novidades já começam a surgir. A Gordon’s (da Diageo), produziu um coquetel com apenas 0,5% de teor alcoólico. O Gordon’s Sin leva gim, tônica, limão e toranja e pode ser encontrado nos supermercados da Espanha.

Já a Pernod Ricard firmou um acordo para distribuir no Reino Unido um gim sem álcool. O Ceder’s (foto), lançado em 2017 na Suécia, leva na sua formulação alguns exóticos botânicos sul-africanos. São três variações do produto: O Classic, que se assemelha ao gim tradicional, leva zimbro, coentro, gerânio e florais do Cabo. A receita do Wild recebe gengibre, cravo, zimbro e rooibos (uma planta sul africana). E o Crisp combina zimbro, cítricos, pepino e camomila.

Outras marcas tentam garantir espaço nesse novo e empolgante mercado. Uma delas é o Labdanun, lançada no começo do ano na Inglaterra pela Surendran & Bownes. O produto lembra um “London Dry” com aromas complexos e exóticos que remetem “a fabricação de perfumes”, relata a revista The Drink Business.
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UM GIM PRA CHAMAR DE SEU

E você, já imaginou produzir um gim com a sua cara? Pois uma destilaria de Campinas (SP) facilitou a vida de quem quer inventar a própria bebida. A experiência permite conhecer a história da bebida, tomar um gim tônica, conhecer a destilaria e escolher os ingredientes para o Master Distiller preparar uma receita exclusiva. No final do eio (e da destilação) você leva pra casa um gim personalizado, com a sua cara.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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Super

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Duas vinícolas catarinenses se destacaram – e muito – no Mondial des Vins Extrêmes realizado no finzinho de setembro no norte da Itália. Quinta da

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