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A frieza em cobertura de acidentes

Foto: Divulgação / CBMSC

O tremendo acidente na altura do morro dos cavalos dia 6, foi o mais grave que ocorreu na BR 101 desde a duplicação, depois de uma grande mobilização popular levantada pelo grupo RBS.

O número de carros envolvidos e as imagens terríveis do combustível sendo derramado na pista pintaram um quadro horrível, que não pior porque não houve mortos.

Uma mão divina desceu sobre a estrada e só permitiu  cinco feridos.

A cobertura dos meios de comunicação,  por sua vez, não esteve a altura do fato devido a frieza das reportagens. O que mais se destacava eram repórteres em stand up em frente aos carros retorcidos, relatando a parte mecânica do fato.

Não houve atenção aos feridos e aos sobreviventes,  a não ser ao motorista causador do acidente, que levava a mulher na cabine, o que é proibido em veículos que  transportam combustível.

Só a ND, entrevistou  o dono do caminhão, em Nova Boa Vista, da Rodoka transportes e identificou o motorista e sua namorada de 26 anos.

Foto: Reprodução/NDTV

Ao que parece, com essa exceção, o jornalismo atual não tem tempo de ir atrás dos elementos que compõem um fato. Ganham mais tempo e dispensam menos mão-de-obra falando de adoção de pets e de veiculando vídeos enviados pelo público.

 

Comentários

Depois dos fatos, comentaristas como Ânderson Silva e Renato Igor ampliaram a reivindicação para uma solução definitiva para o morro dos cavalos.

Talvez um túnel ou outra obra de arte não resolva a questão dos acidentes graves na 101, pois – como no acidente do dia 6 – há direção imprudente, e em outros casos, falhas mecânicas.

Contra a imprudência, imperícia ou manutenção adequada,  a exigência é outra. Sem dúvida um estágio avançado das relações humanas  que é de se importar com os outros e agir de forma ética.

 

Ambiente

Nos bastidores da NSC o ambiente andou pesado na semana que ou. Os funcionários foram impactados por um comunicado da EMS, farmacêutica dona do grupo de comunicação, relatando a compra de mais uma empresa para o grupo e pedindo que o pessoal “comemore junto conosco este momento. Afinal você é parte essencial dessa história.”

Os funcionários entendem que o sucesso da farmacêutica e do grupo de mídia não reflete sobre remuneração e recursos de trabalho.

Esse comunicado de juntou a demissão da editora do Bom Dia Santa Catarina, Luiza Morfim, muito benquista pelas mensagens dos colegas.

Ao que se sabe, ela cansou de editar o programa com poucos recursos e sem valorização salarial.

Pelo horário madrugador e pelo tamanho do espaço a preencher, o BDSC exige um sacrifício grande da equipe. Quando não há sentimento de recompensa os profissionais desistem.

 

Máscara

Foto: Reprodução/ESPN

Caiu a máscara da ESPN, cuja equipe  esportiva era a queridinha dos colegas do esporte por representar uma boa opção ao esporte da Globo. Na semana ada, uma equipe de seis comentaristas – entre eles Paulo Calçade – foi tirada do ar pela direção por criticar a CBF.

A turma estava repercutindo uma matéria da revista Piauí, que escancarou a picaretagem da entidade do esporte nacional, uma pauta muito procedente por tudo o que se diz.

A direção da ESPN jogou por terra a credibilidade do canal, algo que só será superada após muito anos de trabalho sem interferência de diretores.

 

Real

Sou torcedor do Real Madrid desde 1982, quando assisti a um jogo no Santiago Bernabéu. Aqueles jogadores de uniforme branco com detalhes roxos impactaram muito. Tanto quanto anos depois, vi o Santos de Pelé no estádio Olímpico e tive a mesma sensação. À noite, iluminação deficiente,  aqueles jogadores pareciam flutuar no espaço, como fantasmas, dominando a bola branca como mestres. Brilhavam no escuro.

O Santos há tempos deixou de ser diferencial no futebol. O Real Madrid caiu do pedestal semana ada, quando levou 3 a 0  do Arsenal, e mais um banho de bola.

Carlo Ancelotti, o treinador sempre lembrado para a seleção brasileira estava à beira do campo lembrando Dorival Jr,  perdido e sem saber o que fazer.

Menos mal que a derrota fez a alegria dos torcedores do Arsenal, entre elas, a atriz Anne Hathaway   (O diabo veste Prada) que cantou maravilhosamente o hino do clube.

Uma grande alegria que só o futebol pode trazer.

 

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