
Ninguém pode acusar da família real britânica de não gostar de vinho. A paixão por tintos, rosés e brancos é tamanha que nem o carro guiado pelo príncipe Charles escapa. O DB6 modelo 1970 (foto) teve o motor modificado pela Aston Martin a pedido de Vossa Alteza para usar como combustível, restos da produção de vinho. O bioetanol recebe ainda na sua composição rejeitos de uma indústria de queijo e 15% de gasolina sem chumbo.
O carro com 6 cilindros é potente. Tem 330 cavalos, chega aos 241 km/h, mas é bem “beberrão”. Faz média de apenas 3 kms por litro. O veículo faz parte de uma frota de quase 100 carros, a maioria deles com motores alterados a pedido do príncipe Charles, para rodar com biocombustíveis.
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FREIO PUXADO
Peterlongo/Divulgação
Pesquisa da Organização Internacional do Vinho (OIV) indica que a desaceleração da economia chinesa e as incertezas relacionadas ao Brexit, afetaram o consumo mundial de vinho.
O balanço de 2018 mostra que o consumo ficou estável em relação a 2017, com consumo de 246 milhões de hectolitros. A Inglaterra teve maior queda de consumo: mais de 8%; na China o consumo caiu 6,6% e na Argentina 6,3%. Portugal apresentou aumento de 5,4% no consumo, ajudando a equilibrar as contas.
A pesquisa também mostra que os Estados Unidos continua como maior mercado consumidor, com consumo de 33 milhões de hectolitros/ano, e que França, Itália e Espanha seguem como os maiores produtores da bebida, respondendo por 55,1% da produção mundial.
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NOME POLÊMICO
Fassbier/Divulgação
Uma polêmica anda movimentando o setor cervejeiro brasileiro nos últimos meses. E tudo por conta de uma cervejaria gaúcha. A Fassbier, de Caxias do Sul, resolveu notificar outras fabricantes que vinham utilizando a denominação Helles, em seus rótulos.
O que parece uma simples disputa por uso indevido de marca, evidenciou dois problemas: o primeiro por parte da empresa que há 12 anos solicitou o registro da marca ao INPI. O problema é que o nome Helles se refere a um estilo de cerveja, originário da Alemanha. É como se uma vinícola resolvesse patentear o nome Cabernet Sauvignon, que se refere a um tipo específico de uva e determina características do vinho. O outro problema é o fato do INPI ter concedido a licença, sem atentar para os impactos envolvidos.
Entidades cervejeiras questionaram a decisão e estão procurando o INPI para esclarecer o caso. O proprietário da marca argumenta que não agiu de má fé e que o polêmico Helles seria apenas um “adjetivo” de um estilo conhecido formalmente como Munich Helles.
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BRIGA NA JUSTIÇA
Long Root/Divulgação
Uma marca de roupas de esportes de aventura está processando a poderosa AB-InBev por ofertar a cerveja Patagonia nos Estados Unidos. A ação corre no estado da Califórnia e foi movida pelo bilionário Yvon Chouinard. Ele detém uma marca homônima desde os anos de 1970 que – além de roupas esportivas – também produz cerveja (foto). A multinacional cervejeira diz que não teme a ação e deve lutar na justiça para continuar usando a marca argentina Patagônia, incorporada há alguns anos.
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PESQUISA DE MERCADO
Cervejarias de todo país estão ando por uma espécie de censo. Uma pesquisa conduzida pelo Sebrae e Associação Brasileira da Cerveja Artesanal (Abracerva) está definindo o perfil destas empresas, volume de produção e as matérias-primas mais utilizadas na produção. A pesquisa está investigando, por exemplo, se para produzir cervejas especiais as empresas utilizam frutas típicas, castanhas ou chips de madeiras como amburana ou sassafrás. A coleta de informações segue até o dia 15 de maio e deve embasar estratégias para melhorar os produtos oferecidos por estas cervejarias.