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Jornalismo de nariz arrebitado

Reprodução

Entrevistas coletivas e o plenário e gabinetes da Assembleia são arelas por onde desfilam muitos jornalistas de nariz arrebitado. São como novos ricos que se enfeitiçam com os holofotes, flashes de fotógrafos e câmeras de TV.

Nem sempre tem assunto para comentar, mas, quando falta, usam releases – são chamados, por isso, de comentaristas de releases. Nem sempre, também, se dão ao luxo de procurar as fontes, as fontes é que procuram por eles.

Virou um círculo vicioso, alimentado pelos clics on-line e pela caça maior de likes, em um combate às vezes dentro do mesmo grupo empresarial.

Como são novos na profissão, cometem equívocos de avaliação, como anteriormente ocorreu nos processos de impeachment de Carlos Moisés. E mais recente nas longas discussões sobre a presidência da Assembleia Legislativa, onde navegaram ao sabor das fontes – ora para um lado, ora para outro.

Falta humildade e orientação. Mal sabem que quando deixarem o espaço que ocupam hoje serão pessoas comuns.

 

Desânimo

Há certo desânimo pela carreira no jornalismo regional. Os iniciantes mal ganham um espaço e algum dinheiro e já querem viajar em ano sabático. Ou fazem do localismo trampolim para empresas de estados do Sudeste.

A remuneração não é boa e alguém com bom palavreado pode virar jornalista. Não precisa curso. Isso ajuda nesse momento de abstração da profissão.

 

Positivo

Mas há experiências boas no on-line. Por exemplo, o ND + tem uma boa redação. Algumas moças do G1 têm feito um programa de final de tarde na CBN bem interessante. Ágil e sem grandes vícios.

 

O que está pior

Duas equipes poderiam estar melhores. A do esporte na NSC TV, que está desmontada e sem talentos emergentes. E equipe esportiva da Jovem Pan News, que ao final dos jogos – mesmo tendo repórter nos estádios – não participa das coletivas dos técnicos. Supostamente seguindo o modelo da rede. Ora, o que é ruim não deve ser seguido, pois está entregando de bandeja a audiência para os concorrentes.

 

E mais esta

Fora de qualquer padrão de qualidade esteve esta informação do G1, que ao anunciar o jogo entre Avaí e Brusque, disse que os treinadores pela ordem são Lisca e Gilson Kleina. Não tem voz com avaliação crítica nas internas.

Reprodução

 

Carnaval

Os blocos já merecem ampla cobertura das emissoras a cabo de TV. E desta vez, as equipes foram abastecidas com grandes fones de ouvido. Assim, os repórteres não precisam gritar para abafar o som dos tamborins.

Tem gente que não gosta de carnaval. E como o samba, é ruim da cabeça ou doente do pé. E nem das musas, que este ano pelo visto serão muitas. E quem largou na frente foi Debora Secco.

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