A notícia mais impactante dentro no PL de Santa Catarina é a vinda de Jair Bolsonaro no dia 5 de julho. O ex-presidente vai participar de um evento na Arena Opus, em São José, para o lançamento do programa “Rota22” que vai correr as regiões do Estado para ouvir o catarinense e fortalecer o Partido Liberal visando a eleição de 2026.
A coordenação está sob o comando do próprio governador Jorginho Mello, que também é o presidente do PL em Santa Catarina, que pretende computar a vinda de Bolsonaro para a campanha da sua reeleição.
Mas Jorginho também se movimenta fora de Santa Catarina para impedir que João Rodrigues, prefeito de Chapecó, consiga consolidar a sua pré-candidatura ao Governo do Estado.
No fim da tarde de terça-feira, 27, o governador pegou um jato e foi até a cidade de São Paulo para jantar com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Oficialmente, o encontro tratou da possibilidade de uma eleição para o Senado, caso o senador Jorge Seif (PL) seja cassado.
Jorginho propôs um nome de “consenso” entre os dois partidos, sugerindo que o secretário Estadual de Articulação Internacional, Paulinho Bornhausen, seja o escolhido.
Nos bastidores, porém, o movimento tem outra leitura. Com receio de enfrentar João Rodrigues no ano que vem, Jorginho tenta costurar uma aliança que o mantenha competitivo na disputa estadual.
A tentativa, no entanto, esbarra na leitura estratégica de Kassab, que tem dito a aliados que o PSD precisa ter projeto próprio em Santa Catarina e que quem lança candidato ao governo costuma eleger mais deputados estaduais e federais.
O jantar foi cordial, mas sem encaminhamentos, pois Kassab deixou claro que só discutirá a eleição suplementar após a confirmação jurídica da cassação de Seif, afirmando também que o seu partido terá candidatura própria ao governo estadual.
TAAMBÉM CONVERSOU COM O PP
Também vendo a aproximação dos três deputados estaduais do PP com João Rodrigues, Jorginho Mello conversou na terça-feira, 27, com os parlamentares Progressistas para falar de apoio dentro da Assembleia Legislativa e também para costurar um possível apoio do partido a sua reeleição.
O PP tem os deputados estaduais Altair Silva, Zé Milton Scheffer e Pepê Collaço e os Progressistas ficam mais forte com a criação da União Progressista, que é a federação partidária entre o PP e o União Brasil.
Com a junção, o União Progressista tem cerca de 20% do tempo de TV para a campanha de 2026 e hoje já tem a segunda maior bancada com 6 deputados, junto com o MDB, dentro da Alesc.
O governador de Santa Catarina já vem fazendo conversas constantes com o presidente estadual do União Brasil, deputado federal Fábio Schiochet, que nos bastidores é o nome mais forte para assumir o comando da Federação.
A federação partidária obriga os dois partidos a decidirem juntos qual caminho devam seguir nas duas próximas eleições.
Quem tem muito interesse na união entre o PP e Jorginho Mello é o senador Esperidião Amin, que quer ir para a reeleição na coligação do governador.
Na viagem que fez para os Estados Unidos, Jorginho Mello também participou de um almoço com Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil, para garantir o apoio do partido a sua reeleição.
A movimentação e conversas não param e mostram o tamanho da disputa entre o governador do Estado e o prefeito de Chapecó, pois mesmo havendo outros candidatos em 2026, ambos devem ser os protagonistas da disputa pelo comando de Santa Catarina a partir de 2027.