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Especulação e cotação do dólar: desinformação econômica alcança proporções das fake news na pandemia

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O fenômeno das fake news, que durante a pandemia propagou desinformações sobre vacinas, medicamentos sem comprovação científica e até a origem do coronavírus, alcança novamente o campo econômico. Desta vez, a moeda norte-americana foi alvo de um erro que causou alvoroço. No dia 25 de dezembro – Natal, feriado de ordem global e com os mercados financeiros fechados, o Google exibiu incorretamente a cotação do dólar a R$ 6,36, bem acima do último valor oficial registrado antes do recesso, de R$ 6,18.

A falha gerou reações imediatas. Integrantes da diretoria do Banco Central (BC) foram acionados, enquanto a Advocacia-Geral da União (AGU) já elabora um ofício para formalizar questionamentos ao buscador. Segundo o ministro-chefe da AGU, Jorge Messias, a atuação busca combater a desinformação sobre dados econômicos sensíveis, que têm grande impacto na sociedade brasileira.

Não é a primeira vez que a plataforma exibe valores incorretos. Em 6 de novembro, outro erro mostrou o dólar a R$ 6,17, uma alta de 7,6% em relação ao fechamento da véspera. O Google se posicionou afirmando que os dados em tempo real vêm de provedores globais terceirizados e que o com as cotações já foi removido.

A repercussão, no entanto, ressalta um problema maior: a disseminação de desinformação econômica. Assim como as fake news da pandemia, esses erros alimentam pânico e especulações, desestabilizando mercados e confundindo investidores.

A situação exige atenção redobrada. Dados como a cotação do dólar impactam diretamente a vida do cidadão comum, influenciando desde preços de produtos importados até os custos de viagens internacionais. A exibição de informações incorretas, mesmo que acidentais, compromete a confiança nas plataformas digitais e destaca a necessidade de fontes oficiais e confiáveis.

O Banco Central segue intervindo no mercado cambial, como fez nesta quinta-feira (26), vendendo US$ 3 bilhões para conter a volatilidade do real. Com tantas informações circulando, o conselho aos consumidores é claro: busque dados diretamente de fontes confiáveis, como o próprio BC ou outras instituições oficiais, e evite confiar cegamente em painéis exibidos por ferramentas de busca.

A guerra contra a desinformação, seja na saúde ou na economia, permanece como um desafio global.

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