Por Luiz Carlos Pereira*
O mundo da publicidade e da arte se despede de um verdadeiro ícone: Washington Olivetto. Sua partida deixa um vazio que ecoa nas páginas da história da comunicação brasileira, um eco que reverberará por gerações.
Washington não foi apenas um publicitário; ele foi um maestro que orquestrou campanhas que transformaram o cotidiano em pura poesia. Com sua sensibilidade e talento inigualáveis, ele criou verdadeiras pérolas da propaganda, campanhas que não só vendiam produtos, mas também contavam histórias. Quem não se lembra da genialidade por trás de “O Pingo” (1971), “Homem de 40 anos” (1974), “Garoto Bombril” (1978), “Primeiro Sutiã” (1987), “Hitler (1989)? Campanhas que não eram apenas anúncios, mas experiências que tocavam o coração e a alma de todos nós.
Seu olhar inovador e sua capacidade de captar a essência da cultura brasileira trouxeram de volta ao cenário musical ícones como Jorge Ben Jor e Tim Maia, mostrando que a publicidade também pode ser uma plataforma para a arte. Ele nos ensinou que a comunicação é uma forma de celebrar a vida, de conectar pessoas e de resgatar memórias.
Os prêmios que conquistou são apenas um reflexo de sua genialidade. O reconhecimento internacional que recebeu não é apenas um troféu na prateleira; é um testemunho de como sua criatividade impactou não apenas o Brasil, mas o mundo. Washington sempre teve a capacidade de pensar fora da caixa, de desafiar convenções e de trazer um frescor que fazia com que suas ideias brilhassem em qualquer cenário.
Hoje, sentimos a falta de sua voz, de sua visão. O mercado da propaganda mundial ficou mais pobre sem ele. Cada um de nós, que teve o privilégio de conhecer seu trabalho, sente essa ausência. Mais do que um publicitário, Washington Olivetto foi um artista, um visionário, um apaixonado pela comunicação. Seu legado permanece, e suas criações continuarão a nos inspirar.
Descanse em paz, Washington. Você não será esquecido. Seu espírito criativo viverá eternamente nas campanhas que você criou, nas histórias que você contou e nas vidas que você tocou.
*Luiz Carlos Pereira é diretor da Agencia Onze