Florianópolis resgata a magia do Réveillon. A Prefeitura de Florianópolis transformou a frustração do Réveillon 2023/24 em um lindo espetáculo para comemorar a chegada de 2025. Com a volta dos fogos de artifício, a virada contou com um show visual de 15 minutos, incluindo fogos degradê e cascata de luzes na Ponte Hercílio Luz. Dois palcos foram montados para shows nacionais: Munhoz & Mariano na Beira-Mar Norte e Kamisa 10 na Beira-Mar Continental, além de apresentações de artistas locais. Quatro balsas posicionadas estrategicamente garantiram efeitos visuais de baixo impacto sonoro, marcando a retomada da pirotecnia com inovação e beleza, após críticas à festa com drones e balé aéreo do ano anterior. A iluminação cênica da Ponte Hercílio Luz, embora ainda não finalizada, foi um show à parte. A previsão é que em março as luzes cênicas estarão com 100% do potencial.
A virada do ano. Às 19h01 do dia 31 de dezembro de 2024, a Prefeitura de Florianópolis publicou o edital de leilão nº 410, que prevê a permissão onerosa de uso das ruas da cidade para a organização do Carnaval de Rua pelos próximos três anos (2025, 2026 e 2027). A denúncia foi feita pelo vereador recém-empossado do PSOL, Leonel Camasão Cordeiro, que classificou a medida como um ataque à tradição cultural e popular da cidade, apontando riscos de elitização do evento, prejuízos aos blocos tradicionais e exclusão de pequenos produtores locais frente ao domínio de grandes empresas no processo.

Presentes de Ano Novo I. Florianópolis terá e livre no transporte público. Florianópolis contará com transporte público gratuito por dez domingos, entre 2024 e 2025. O benefício começou no dia 29 de dezembro de 2024, último domingo do ano, por meio do programa Domingo na Faixa, que já oferece gratuidade no último domingo de cada mês. Nos domingos seguintes, em janeiro e fevereiro, a gratuidade será garantida por um projeto especial da Prefeitura, que busca incentivar a mobilidade durante a alta temporada de verão. A partir de domingo, 5 de janeiro, o projeto “Formiguinha” também vai oferecer transporte coletivo com ônibus menores no Maciço do Morro da Cruz, em Florianópolis, e ará a operar com tarifa zero, cumprindo promessa de campanha do prefeito Topázio Neto. Com três linhas que circulam a cada 20 minutos, o projeto visa facilitar a mobilidade dos moradores da região, tornando o transporte mais ível e eficiente.
“Presente” de Ano Novo II. Com uma mão a Prefeitura dá, mas com a outra mão tira. Florianópolis iniciou 2025 com o maior reajuste de tarifas de ônibus entre as capitais brasileiras, elevando o valor do pagamento em dinheiro e QR Code para R$ 6,90, representando um aumento de 15%. Outras modalidades também foram ajustadas, como o Cartão Cidadão, que a a custar R$ 5,75, e o Cartão Turista e Vale Transporte, agora a R$ 6,75. A tarifa social com Cartão Cidadão é de R$ 3,56, enquanto para estudantes o valor é R$ 2,88, e R$ 1,78 para o estudante social. As linhas executivas têm tarifas de R$ 18,00 para percursos longos e R$ 14,00 para curtos, refletindo a atualização nos custos do transporte coletivo. Esses reajustes visam adequar os custos operacionais do transporte coletivo da capital, mas já têm gerado repercussões entre moradores e usuários do serviço.

Plano Diretor e os espigões. Aprovado em 2024 por 19 votos contra 4, o Plano Diretor de Florianópolis começa a ganhar forma nas ruas da cidade. Os novos empreendimentos, como prédios de até 10 andares de norte a sul da ilha, prometem movimentar a economia, mas impõem desafios críticos para uma infraestrutura urbana já saturada. Trânsito, coleta de lixo, saneamento e capacidade viária são preocupações latentes, com limites urbanos e ambientais sendo flexibilizados sob o aval de uma Câmara de Vereadores majoritariamente favorável. Enquanto o mercado imobiliário prospera, moradores enfrentam riscos de degradação da qualidade de vida, evidenciando um crescimento que prioriza interesses econômicos imediatos em detrimento de um futuro sustentável.
Falta de Pluralidade na Mesa Diretora da Câmara. Nesta quinta-feira (02), o vereador Afrânio Boppré (PSOL) criticou a ausência de pluralidade na Mesa Diretora da Câmara Municipal de Florianópolis, ressaltando que o bloco PSOL-PT, com cinco vereadores, foi excluído da composição. Em reação, o PSOL ingressou com uma ação no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), reivindicando o respeito ao princípio de proporcionalidade previsto nos artigos 58 da Constituição Federal e 52 da Lei Orgânica do Município. Boppré destacou que a atual configuração beneficia PL e PSD, que, apesar de possuírem o mesmo número de parlamentares que o bloco PSOL-PT, contam com dois representantes cada na Mesa. O vereador citou um precedente de 2021, quando o STF anulou a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Porto Alegre devido à mesma violação. “Queremos que o princípio da proporcionalidade, a legalidade e a democracia sejam respeitados”, afirmou, reiterando a necessidade de uma representação mais justa na liderança do Legislativo municipal. Um o importante para assegurar que a oposição tenha voz, a democracia prevaleça e os interesses dos moradores de Florianópolis sejam devidamente respeitados.
Cuidado redobrado com as viroses. Florianópolis, um dos destinos mais buscados do Brasil, enfrenta, além de praias lotadas, prontos atendimentos repletos de pacientes com viroses típicas da estação. Essas doenças infecciosas, que afetam o trato digestivo e causam diarreia, enjoo e vômitos, tornam-se mais frequentes no verão devido ao calor intenso, que favorece a multiplicação de bactérias e vírus. A exposição a alimentos mal conservados ou contato com agentes infecciosos eleva os riscos, podendo levar à desidratação grave, especialmente em crianças e idosos. A recomendação é redobrar os cuidados com a higiene e o armazenamento de alimentos para evitar complicações.
O Brasil e o Mundo
Déficit das estatais: divergências na interpretação dos números. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou na segunda-feira (30) que as estatais tenham registrado um déficit recorde, contestando o levantamento do Banco Central que apontou um déficit de R$ 6,04 bilhões de janeiro a novembro deste ano, o maior da série histórica iniciada em 2002. Haddad e a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, destacaram que o resultado reflete investimentos feitos com recursos acumulados de anos anteriores e que a contabilidade pública não considera aspectos de amortização presentes na contabilidade empresarial. Dweck reforçou que nove das 13 estatais avaliadas registraram lucro e pagaram altos dividendos, enquanto apenas três apresentaram prejuízo. Para o governo, o déficit contábil não configura prejuízo e reflete a retomada de investimentos após restrições impostas no Plano Nacional de Desestatização durante o governo anterior.

Brasil assume presidência dos Brics em meio à expansão e desafios globais. O Brasil assumiu, nesta quarta-feira (1º), pela quarta vez, a presidência rotativa dos Brics, sucedendo à Rússia, em um momento crucial para a reforma do sistema financeiro internacional e a ampliação do bloco. Além de incluir, em 2024, cinco novos membros — Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Arábia Saudita —, o grupo prepara-se para receber mais nove países em 2025, como Cuba, Indonésia e Cazaquistão. Com 40% da população global e 37% do PIB mundial, o bloco busca reduzir a dependência do dólar por meio de moedas locais, enfrentando resistência dos EUA sob a liderança de Donald Trump. A presidência brasileira foca na cooperação do Sul Global e no fortalecimento da governança inclusiva, mas enfrenta desafios internos e externos para avançar nessa agenda até o final de 2025.
MERCOSUL e União Europeia avançam em acordo de cooperação e comércio. O acordo entre Mercosul e União Europeia incorpora mecanismos de cooperação política e econômica voltados ao desenvolvimento sustentável, abrindo oportunidades significativas de comércio para o Brasil. “Estamos falando de 27 países da União Europeia, dos mais ricos do mundo, então há muitas oportunidades que podem ajudar o PIB do Brasil, as exportações brasileiras, renda e emprego crescer mais”, destacou o vice-presidente e ministro de Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, reforçando o potencial do tratado para impulsionar a economia brasileira.
Alguns resultados de 2024

Recorde de Turistas. O Brasil atingiu um recorde de mais de 6,6 milhões de turistas estrangeiros em 2024, consolidando-se como um dos principais destinos da América do Sul e se aproximando da meta de 8 milhões de visitantes anuais. Para fortalecer esse crescimento, o Ministério do Turismo inaugurou o primeiro Escritório da Organização Mundial do Turismo nas Américas e no Caribe, no Rio de Janeiro, e intensificou ações internacionais de promoção em parceria com a Embratur. Em 2025, com a previsão de R$ 63,6 milhões em investimentos para ampliar rotas aéreas e eventos como a COP30 e a reunião do BRICS, o país espera atrair ainda mais visitantes internacionais.
Em Santa Catarina, a expectativa é de receber 3,1 milhões de turistas na Estação Verão 2024/2025,, conforme informações divulgadas pelo Governo de Santa Catarina. O volume de turistas esperados durante o verão corresponde a 47% do volume de turistas estrangeiros em todo o Brasil ao longo de 12 meses.

Queimadas batem recordes e refletem um movimento irresponsável e que parece orquestrado. O Brasil encerrou o ano com 278 mil focos de incêndio, a maior quantidade desde 2010, segundo o INPE, com um aumento de 46% em relação a 2023. A Amazônia e a Mata Atlântica registraram os piores números desde 2007, o Cerrado enfrentou a pior situação desde 2012, e o Pantanal teve a segunda pior marca em 26 anos. Esses números alarmantes apontam para um movimento orquestrado e irresponsável, que ameaça a biodiversidade e agrava as crises climática e ambiental no país.
Dólar fecha 2024 com alta de 27%, maior variação anual desde 2020. O dólar comercial encerrou 2024 com uma valorização de 27,35%, marcando a maior alta anual desde 2020. Esse desempenho reflete um ano de incertezas no cenário fiscal brasileiro e tensões internacionais, com o real apresentando o sexto pior desempenho entre as moedas globais. Na última sessão do ano, a moeda americana fechou cotada a R$ 6,1797, registrando uma leve queda diária, mas consolidando uma trajetória de forte valorização ao longo do ano. Em 2020, o dólar comercial apresentou uma valorização de 29,33% frente ao real, encerrando o ano como uma das maiores variações anuais recentes. Esse aumento foi impulsionado por fatores como a instabilidade econômica global causada pela pandemia de COVID-19, a redução da taxa Selic no Brasil, e a busca por ativos mais seguros em mercados internacionais.
Abertura do mercado em 2025: dólar e bolsa em queda, Petrobras em alta

Na primeira sessão de 2025, o dólar comercial encerrou cotado a R$ 6,162, com uma queda de 0,28%. Durante o dia, apresentou volatilidade, atingindo a máxima de R$ 6,227 e a mínima de R$ 6,152. Essa oscilação reflete a liquidez reduzida típica do início de ano e o ajuste das apostas do mercado, com investidores focados no cenário fiscal brasileiro e na economia global. A apreciação acumulada de 27% do dólar frente ao real em 2024 ainda pesa nas decisões do mercado, especialmente devido às incertezas quanto ao cumprimento do arcabouço fiscal e o financiamento de despesas crescentes pelo governo.
Simultaneamente, o Ibovespa recuou 0,15%, fechando aos 120.106 pontos, embora a Petrobras tenha registrado alta superior a 2%, impulsionada pela valorização do petróleo no mercado internacional. Esse desempenho ilustra um mercado dividido entre a cautela fiscal e setores específicos beneficiados por fatores externos.
As perspectivas para 2025 incluem ajustes no equilíbrio das contas públicas e o impacto contínuo de políticas fiscais sobre o câmbio e os ativos locais. O movimento inicial de queda tanto no dólar quanto na Bolsa sugere uma fase de adaptação às incertezas, com volatilidade prevista para as próximas semanas.