Domingo, às 20h, na Ressacada, o Avaí estreia na Série B diante do Novorizontino. E que fique claro desde já: o clube não pode mais se dar ao luxo de permanecer na segunda divisão. São dois anos de campanhas fracas, sem brilho, com erros repetidos e um futebol que não empolga. Apesar dos investimentos feitos pela atual diretoria, os resultados em campo não têm correspondido. E isso tem um preço técnico, financeiro e, principalmente, emocional para o torcedor.

Novo técnico, mesma cobrança
Jair Ventura chega com a missão de reorganizar um time que, apesar do título catarinense, ainda não convenceu. A conquista diante da Chapecoense foi celebrada, sim, com invasão de campo e muita festa, mas também foi construída com dois empates. A sequência de seis jogos sem vencer escancarou os problemas que o time carrega, muitos deles herdados do comando anterior. O sistema defensivo foi bem, mas as improvisações inexplicáveis (como Jonathan Costa na lateral com Marcos Vinícius no banco) e um meio-campo pouco criativo ainda preocupam.

Vencer é obrigação
O Novorizontino fechou com Umberto Louzer, seu novo técnico, que estreia semana que vem. Quem ficará à beira do gramado contra o Avaí é o auxiliar Ben-Hur Moreira, que integra a comissão técnica permanente. Nada de estreia tranquila para o Leão. Qualquer tropeço em casa será inaceitável.
A torcida está empolgada, sim, mas também exigente. Quer ver um Avaí dominante, competitivo, com postura de quem sabe que precisa subir. A estreia de Jair deve ser cautelosa, mas não pode ser covarde. A Série B exige entrega desde a primeira rodada, e cada ponto perdido agora pode fazer falta lá na frente.
Orçamento aprovado

Com reforços pontuais como Renan e Mendes, o elenco tem qualidade para brigar pelo o. Além disso, o Conselho Deliberativo aprovou a proposta orçamentária para 2025, dando sinal verde para novos investimentos. A diretoria também busca alternativas para manter as finanças equilibradas. Subir, neste contexto, significa mais do que ambição esportiva: é questão de sobrevivência. Ficar mais um ano na Série B pode comprometer a saúde financeira do clube.
SAF no radar
Com o clube abrindo espaço para ouvir propostas de grupos interessados em investir, a possível transformação em SAF volta à mesa. É um o delicado, que precisa de debate amplo, mas é também reflexo de uma urgência: o Avaí precisa garantir um time forte e contas em dia. A pressão por o nunca foi tão grande e com razão.
Do outro lado da ponte

Enquanto isso, o Figueirense ganhou fôlego jurídico com a suspensão provisória do pagamento da primeira parcela do plano de recuperação judicial. Em campo, o técnico Thiago Carvalho ainda busca a formação ideal. O primeiro desafio será contra a Ponte Preta, no Scarpelli. A missão: entrar no G-8. Possível? Sim. Fácil? Nem um pouco.
Tigre tropeça

O início da Série B não foi dos melhores para o Criciúma, que decepcionou jogando em casa. A derrota por 2 a 1 para o Operário escancarou fragilidades, tanto no aspecto coletivo quanto nas atuações individuais. Um tropeço que aumenta a pressão já na largada, principalmente porque o “Heriberto Hulse” costuma ser um trunfo do Tigre na competição. Agora, a missão de recuperar pontos longe de casa se torna ainda mais urgente.
Desafio em Maceió
A Chapecoense entra em campo neste sábado com a missão de representar melhor o futebol catarinense na rodada. Enfrentando o CRB, atual campeão alagoano, no Rei Pelé, às 16 horas, a Chape quer surpreender. Com Gilmar Dal Pozzo no comando e vindo de um vice-campeonato estadual, o Verdão do Oeste tem a chance de começar a Série B com o pé direito. Somar pontos fora é sempre sinal de um time que pode brigar na parte de cima da tabela.