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A hora do terror

Jessica Raine e Peter Capaldi em " A hora do diabo" ( Prime Vídeo/Divulgação)

A hora do terror

Talvez por ser conhecido como o mês das bruxas e do halloween, os filmes de terror invadiram o streaming em outubro e continuam chegando agora em novembro. Já gostei mais do gênero e coloco alguns entre meus cem filmes favoritos, mas não curto a linha Sexta-feira 13, O massacre da serra elétrica e nem a zumbilândia que virou moda nos últimos anos. Sou fã dos clássicos como O bebê de Rosemary, A profecia, Coração satânico, A inocente face do terror, O inquilino e O Iluminado. Mas, não vamos falar do ado. Listei alguns dos novos títulos disponíveis em streaming.

As séries também investem no gênero e uma boa novidade é A hora do diabo, disponível no Prime Vídeo. Comecei a ver por recomendação do meu colega de MoF, Jefferson Douglas, que além de a coluna de drinks, é cinéfilo de carteirinha. A trama de A hora do diabo é intrigante: uma assistente social e seu filho acordam todos os dias às 3h33 da madrugada e têm alucinações. Enquanto isso, um perito criminal – que a mal ao ver sangue – está tentando desvendar assassinatos quando também a a ter lampejos de imagens estranhas. Custamos a entender onde e como esses personagens se cruzam. Acho que a série poderia ser mais curta, com um ou dois episódios a menos, já que tudo só se encaixa na última parte… mas não vou dar spoiler.

Filmes ou séries, uma coisa é certa: são histórias horripilantes e já aviso que nem as mães são poupadas! Vai encarar ou ficou com medo?

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Umma – direção: Iris K. Shin – 2022 –  Telecine

Reprodução/Divulgação

Mesmo que a protagonista, Sandra Oh, seja queridinha dos críticos e o produtor seja o prestigiado diretor Sam Raimi, essa esperada produção deixou a desejar. Digamos que “vendeu” mais do que entregou.

Umma, que é uma palavra coreana para ‘mãe’, segue Amanda (Oh) e sua filha vivendo uma vida tranquila em uma fazenda americana, mas quando as cinzas de sua mãe chegam da Coreia, coisas estranhas começam a acontecer. Aos poucos, vamos descobrindo que Amanda carrega traumas de infância , não pode ficar perto de nada que contenha eletricidade e super protege a filha. Ambas são apicultoras, a garota trabalha muito e não tem vida social. A única pessoa próxima a elas é um vizinho, interpretado por Mulroney Dermot.

 

Good night, mommy –  direção: Matt Sobel – 2022 –  Prime Vídeo

Reprodução/Divulgação

Vi apenas o original austríaco desse remake norte-americano que segue o mesmo eixo, embora – pelo que li – invista mais no drama que no terror. São três personagens em cena, os meninos gêmeos e a mãe que eles não viam há um certo tempo. Ela volta para casa com bandagens envolvendo o rosto, após uma cirurgia. Os garotos começam a desconfiar que aquela não é a mãe deles. Mas, não é nada disso que você está pensando! Só vendo. Um trunfo do filme é ter Naomy Watts no papel da progenitora. Ela nunca decepciona.

 

1BR -O apartamento – direção: David Marmor – 2020 – Canal Cindie

Reprodução/Divulgação

A protagonista, Sarah, uma atriz iniciante e insegura, pensa que tirou a sorte grande ao ser selecionada para alugar um apartamento em um condomínio super concorrido. O lugar é confortável, os moradores  são muito acolhedores, tem até um vizinho charmoso. Tudo parece bem até que Sarah descumpre uma das regras do prédio e leva seu gato escondido para morar com ela. A partir daí, sua vida vira um inferno.

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OUTROS GÊNEROS

Sei que nem todo mundo gosta de filmes de terror, mas tem novidades em outros gêneros. Uma das melhores é a continuação de Enola Holmes, a carismática irmãzinha de Sherlock, agora oficialmente uma detetive.

 

Enola Holmes 2 – direção: Harry Bradbeer- 2022 –  Netflix

Reprodução/Divulgação

Nesse segundo filme, Enola investiga o desaparecimento de uma menina com a ajuda do irmão famoso e dos amigos. Millie Bob Brown é um dos trunfos da franquia que pode até acabar virando uma série. Henry Cavill, conhecido como o mais recente Superman, manda bem no papel de Sherlock Holmes. Um bom entretenimento para toda a família.

 

Pura paixão – direção: Danielle Arbid – 2021 – Netflix

Reprodução/Divulgação

Esse é o quarto filme de ficção da diretora e roteirista franco-libanesa Danielle Arbid. A história me remeteu a 9 ½ semanas de amor, grande sucesso com Mickey Rourke e Kim Bassinger, dirigido por Adrian Lyne nos anos 80.  Segundo a própria cineasta, a obra aborda a montanha-russa emocional que é estar realmente apaixonado e a perda absoluta de controle que este sentimento traz. Ou seja, carrega consigo o vazio emocional provocado pela solidão. Assim como em 9 ½, as cenas eróticas entre o casal – ela uma acadêmica e mãe solo, ele um diplomata russo casado –ocupam dois terços do filme. São elas que reforçam o mergulho em uma paixão que desestrutura o cotidiano da personagem, a ponto de negligenciar os estudos, o trabalho e os cuidados com o filho. Em tempos de empoderamento feminino, o filme recebeu algumas críticas.

 

Reputação (Contra) – direção: Sonke Wortmann – 2022 – HBO

Reprodução/Divulgação

Essa produção alemã traz uma história já explorada várias vezes no cinema, mas mesmo assim é simpática e ajuda a aquecer o coração. Um professor  alemão de Direito, famoso por seu mau humor, faz algumas observações em aula consideradas racistas. Para “ limpar a barra” junto ao Conselho, ele acaba tendo que orientar uma aluna imigrante a participar do concurso de oratória. Nem um gosta do outro, mas aos poucos as diferenças culturais  amenizam e o conhecimento da vida um do outro, os aproxima como mentor e aluna a ser lapidada. A história mostra um pouco do drama que é ser refugiado na Europa, principalmente para os muçulmanos, mas sem aprofundar a questão. Nilam Farrooq é uma atriz carismática e foi premiada pelo papel no filme.

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BÔNUS

17° Festival do Cinema Italiano – Online

O Cine Belas Artes a la Carte disponibilizou alguns dos  grandes clássicos do cinema italiano. Estão na lista os diretores  Luchino Visconti, Roberto Rosselini, Ettore Scola, Dino Risi, Mario Monicelli, Bernardo Bertolucci e o meu querido, Valério Zurlini, entre outros. Demais, né?

Reprodução/Divulgação

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FINE

cronica

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