Fazia tempo que uma demissão não era tão comentada quanto a de Rodrigo Bocardi, apresentador da Globo por 25 anos.
A começar pela nota pública da emissora, acusando-o de não cumprir “normas éticas”.
Como não definiu exatamente do que se trata, permitiu as mais variadas interpretações de colunistas e blogs especializados.
Resumindo:
- Teria assediado moralmente um profissional de áudio durante trabalho na Globo. Isso teria levado a movimentação da área de compliance e puxado os demais problemas;
- Seria proprietário de três empresas de assessoria, para terceiros, incluindo branco e políticos, os quais prestigiava em eventos e se deixava fotografar junto.
Isso contraria diretamente as normas editoriais da Globo.
Em sua primeira manifestação depois da saída, em vídeo, Bocardi não se defendeu das acusações, enalteceu a emissora e a parceria por tão longo tempo e classificou sua demissão como “susto”. Não assumiu qualquer tipo de problema na sua postura.
Mais gente assustada
As normas editoriais da Globo valem também para afiliadas e, de certa maneira, é referência no mercado. Por isso tem gente assustada Brasil afora
Aqui em Santa Catarina em especial, onde parece que se instalou algo como um “vírus”. Apresentadores e colunistas, portanto sujeitos às normas, se envolvem em eventos privados, desde inauguração de edifício até casamentos e batizados.
Isso falando na NSC, mas não é a única: nos demais canais, colunistas e comentaristas prestam assessorias a políticos e governantes, a quem depois entrevistam ou comentar atos.
Obvio isso só acontece porque as chefias am o pano para esses “profissionais,” pensando em seu próprio benefício, ou seja, a garantia do salário e dos bônus.
E o futuro?
Até onde isso vai?
Pelo histórico e pela falta de compromisso dos executivos com a ética do Jornalismo, não termina tão cedo. Mas não é toa que cada vez mais gente “se informa” pelos canais de internet e deixa de acompanhar a mídia tradicional. Esse é o castigo